terça-feira, 28 de novembro de 2017

Confira dicas de professores para passar em concurso da Marinha

Confira dicas de professores para passar em concurso da Marinha

Nove distritos navais oferecem 457 vagas em todo o país para serviço militar voluntário, das quais 20 são para Brasília. O salário inicial chega a R$ 8.943,75 e é preciso ter nível superior completo para participar do processo seletivo


Quando se fala em trabalho voluntário, é comum pensar numa atividade sem remuneração monetária em que a recompensa será adquirir conhecimentos e experiências. No entanto, às vezes, é possível encontrar os dois aspectos em paralelo. É o caso do Serviço Militar Voluntário (SMV), que está com seleção aberta para nove distritos navais. São 457 vagas em todo o país. Os que ingressarem no sistema serão militares em caráter temporário e o vínculo com a Marinha pode chegar a ter duração máxima de oito anos. Os que quiserem trabalhar em Brasília podem se cadastrar no Comando do 7º Distrito Naval, que oferece 20 oportunidades para o DF e uma para Palmas, com remuneração inicial de R$ 8.943,75. Todas são para quem tem ensino superior na área pretendida.

Na capital federal, há procura para os seguintes campos de conhecimentos: odontologia (7), enfermagem (2), fisioterapia (1), educação física (1), informática (2), psicologia (1) serviço social (1), pedagogia (1), arquitetura e urbanismo (1) e engenharia civil (3). Na capital do Tocantins, há uma chance para administração. Os classificados serão considerados oficiais da reserva de 2ª classe da Marinha, mais precisamente como guarda-Marinha, que é o primeiro posto de oficial. O processo seletivo é composto por prova objetiva com 50 questões de múltipla escolha, cada uma com cinco opções. Serão 25 itens de língua portuguesa e 25 de conhecimento militar-naval. Será eliminado o candidato que obtiver nota inferior a 50 pontos. A avaliação terá duração de três horas. As outras fases do processo são prova de títulos, verificação documental e de dados biográficos e, por fim, inspeção de saúde.


Hora de se preparar
Conhecimento militar-naval é uma das áreas de estudos cobradas no exame. O capitão de Mar e Guerra Sidnei Bizerra e chefe do Departamento de Divulgação e Recrutamento da Diretoria de Ensino da Marinha dá dicas de como se preparar para as provas. “O primeiro passo é se organizar e fazer um cronograma de estudos concomitante com a bibliografia do edital para, então, conseguir estudar tudo o que está sendo cobrado”, diz. “Preste bastante atenção aos nomes dos autores e, especialmente, ao ano das publicações”, orienta. A resolução de provas anteriores é sempre de grande valia.


“Resolva as questões o máximo de vezes que puder para entender como a banca cobra os assuntos. Fazer e refazer item por item é também fundamental para que toda a teoria aprendida seja colocada em prática. Não basta somente ler, é preciso praticar”, ressalta. Checar conteúdos produzidos pela Marinha, como vídeos ou notícias no site www.marinha.mil.br também é essencial. “Tudo isso ajuda a compor de forma mais organizada o conhecimento sobre a formação militar naval”, ressalta o capitão. Segundo Bizerra, a troca de experiência ajuda a consolidar os conteúdos. “O assunto pode ser específico e novo para algumas pessoas, então é interessante criar um grupo de estudo. Isso ajuda bastante a absorver a matéria”, conclui.


Para estudar gramática, compreensão e interpretação de texto em língua portuguesa, a professora do Galt Vestibulares Priscilla Dalledone dá dicas de como se preparar. No uso da crase e acentuação gráfica, as sugestões de estudo são semelhantes. “Sugiro muita leitura, mas de maneira consciente. Ler prestando atenção a como as palavras são escritas auxilia muito”, comenta. A crase assusta muitas pessoas, por isso a professora deixa um macete. “Você deve entender cada elemento da frase. Entenda se ‘a’ que aparece é um artigo, uma preposição ou um pronome, ao saber disso fica tranquilo compreender e usar”, observa. “Existe a regra simples: volto da, crase há; volto de, crase para quê?”, acrescenta a professora. A concordância pode ser estudada por meio de leitura e escrita. Reescrever textos que foram bem escritos é importante.


“Isso ajuda na construção de frases mais completas”, afirma. De acordo com Priscilla, para interpretação e produção de texto, é interessante recorrer a pessoas que fazem vídeos no YouTube analisando obras. “Por meio dessa visão de diferentes materiais, você acaba adquirindo a habilidade de entender qual é o objetivo e o que mais chama atenção em uma obra”, acentua. Segundo Priscilla, as pessoas têm dificuldades em gramática, principalmente na nomenclatura. “O medo delas é porque isso exige decoreba e estudo. O nervosismo na hora de responder atrapalha”, diz. A professora deixa uma sugestão final: “Leia jornais e livros, sempre fazendo um resumo de matérias ou capítulos para achar os elementos mais importantes em cada parágrafo; isso ajuda a ter uma ideia central do que o texto trata”.


Oportunidade
Desempregada há um ano e meio, Glória Maria Baltazar, 27 anos, é graduada e mestre em comunicação social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e busca uma chance de voltar ao mercado por meio do Serviço Militar Voluntário. A moradora de Juiz de Fora (MG) começou a estudar para concursos depois que deixou de trabalhar e se prepara para a seleção da Marinha desde setembro. Ela concorre a uma das quatro vagas para a área de comunicação no Comando do 1º Distrito Naval, que abrange os estados de Rio de Janeiro, Espírito Santo e sudeste de Minas Gerais. A rotina de preparação da jornalista é intensa: são nove horas diárias debruçada sobre livros. “É dedicação exclusiva: estudo das 8h às 18h30, com pausa para almoço”, relata. Ela consulta materiais disponibilizados pela Marinha e se baseia em provas anteriores. “Como eu estava estudando antes da publicação do edital, peguei a prática. Estou otimista para a prova”, ressalta. A avaliação de títulos também deixa Glória tranquila. “Por ter mestrado, estou esperançosa e isso me dá um gás a mais para buscar a aprovação”, diz.


 
Passe bem/ Português

Tendo em vista a norma padrão, assinale a opção em que a palavra “onde” completa corretamente a lacuna.

(A) A cidade _____ voltou é longe daqui.

(B) O terreno _____ comprou foi invadido.

(C)  A casa ______ morava está à venda.  

(D) O país ______ veio está em guerra.

(E) A empresa ______ ele sempre vai está fechada.

Comentário:


Esta é uma questão que envolve o conhecimento de regência verbal. É necessário que nos atentemos à preposição que o verbo pode ou não pedir.

Na alternativa A, o verbo "voltar" pede a preposição "de", a cidade DE onde voltou. Na alternativa B, o verbo "comprar" é transitivo direto e, assim, podemos completar a lacuna com "que". Nos casos referentes às alternativas D e E, teríamos "de onde veio" e "aonde vai", respectivamente, mais uma vez por conta das regências. A alternativa correta, portanto, é a C. O verbo morar requer a preposição "em", sendo "em que" equivalente a "onde" quando o referente é um lugar. "A casa ONDE morava está à venda".


Questão retirada do processo seletivo para Serviço Militar Voluntário (SMV) de 2016, comentada pela professora Priscilla Dalledone.

Gabarito: letra C.



Fonte: Correioweb

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