quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Três hospitais têm inscrições abertas para programas de residência

Disputa para médicos

Três hospitais têm inscrições abertas para programas de residência com duração de dois ou três anos e bolsa de R$ 3.330,43. Oportunidades permitem adquirir experiência prática e se especializar

 
O conhecimento de profissionais de saúde devem acompanhar o ritmo dos avanços tecnológicos. Nesse sentindo, hospitais e institutos oferecem, anualmente, programa de residência médica para preparar recém-formados em medicina, fisioterapia e outras áreas correlatas para o exercício da profissão. Os residentes acompanham casos reais, adquirindo experiência e conhecimento técnico-científicos para atuar no mercado. Interessados nesse tipo de experiência teórico-práticas podem aproveitar seleções promissoras abertas por três instituições: Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), na capital federal; Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo; Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), no Rio de Janeiro.

As três unidades proporcionam bolsa no valor de R$ 3.330,43 e a duração do programa varia de 2 a 3 anos. No Hospital Sírio-Libanês há 63 vagas. No ato da inscrição, os candidatos devem escolher a especialidade  a que pretendem concorrer. Há oportunidades nas áreas de anestesiologia (10), clínica médica (6), dermatologia (3), medicina preventiva social (4), neurologia (3), pediatria (6), radiologia (6) e radioterapia (2). Nestas áreas, a exigência é apenas ser formado em medicina. No entanto, é preciso ter residência em cirurgia geral para cancerologia (4), cardiologia (6), endoscopia (4), mastologia (2) e medicina intensiva (6). Há, ainda, uma vaga para endoscopia voltada para candidatos das Forças Armadas.

A jornada de trabalho é de 60 horas semanais, incluindo plantões em fins de semana. O HOB está com oito vagas abertas para especialização em oftalmologia. Os aprovados terão rotina de trabalho que totaliza 40 horas semanais, além de plantões. O Inca, por sua vez, oferta 30 vagas em anestesiologia (6), medicina do trabalho (2), medicina nuclear (3) patologia (7), radiologia (7) e radioterapia (5). A jornada de trabalho é de 60 horas semanais, incluindo plantões.

Perfil das residências
Os três programas cobram os mesmos conteúdos: conhecimentos em clínica médica, pediatria, cirurgia geral, ginecologia-obstetrícia e medicina preventiva e social. Diante de tantas matérias complexas, os interessados devem intensificar os estudos. Essa é a sugestão da coordenadora de ensino do HOB, Luciene Barbosa de Sousa. “A prova será em 19 de novembro e é composta por 100 questões. Os aprovados ainda farão teste de inglês, também de caráter eliminatório”, ressalta.  Ela destaca que esta é uma grande oportunidade para que os selecionados agreguem conhecimento prático e teórico. “Desde o primeiro ano, os residentes são estimulados a fazerem pesquisas científicas e isso possibilita a eles um aprendizado mais profundo em oftalmologia”, afirma.

“Essa oportunidade também é benéfica para a população, visto que terão médicos mais preparados. Isso passa segurança para o paciente”, completa. Superintendente de ensino do Hospital Sírio-Libanês, Gislene Eimantas observa que, para passar, é preciso ter boa rotina de estudos, uma vez que a concorrência é acirrada. Ela lembra que mais de 1,5 mil médicos se candidataram a uma vaga no último processo seletivo. Além disso, o conteúdo é extenso. “A prova (preparada por um instituto de certificação dos Estados Unidos) é on-line, mas não será feita em casa. O candidato deve ir ao local que a gente marcar”, explica. Para ela, a residência deve ser extremamente prática e oferecer casos que estimulem o avanço do conhecimento na especialidade que o residente optou por fazer.

“Apesar de as diretrizes curriculares das faculdades estarem atualizadas, o aluno tem, em geral, muita teoria e pouca vivência. Com a residência, vai aprender praticando com supervisão. É uma prática em serviço.” O processo seletivo do Inca também é feito por uma empresa contratada, mas o instituto acompanha o procedimento e a escolha das questões. É o que garante Sheila Souza, coordenadora da Comissão de Residência Médica. Ela explica o diferencial do Inca no processo de ensino dos residentes: “Eles são avaliados trimestralmente para acompanhamento da progressão dentro da residência e saem alinhados com a formação do Sistema Único de Saúde”.

De geração em geração
Médico pela Universidade de São Paulo (USP) e ex-residente do Hospital Sírio-Libanês, Gustavo Santos Fernandes é diretor médico da unidade em Brasília. Ele fez residência em oncologia entre 2007 e 2008 e conta que a experiência abriu portas que ele não imaginava. “Convivi com grandes nomes da medicina no Brasil e desenvolvi pesquisas que fizeram a diferença na minha vida profissional.” O médico ainda dá uma boa notícia: após o programa, os residentes podem ser contratados. Em 2010, ele voltou ao hospital como oncologista. De acordo com Gislene Eimantas, 75% dos residentes do Sírio-Libanês são efetivados. Gustavo Santos Fernandes dá dicas de como o candidato pode  sobressair. “Todo programa de residência cobra conteúdo sobre medicina geral, isso inclui pediatria, clínica médica e medicina intensiva. É preciso estar bem preparado para todas as áreas”, afirma.

Candidata a uma vaga no HOB, Maria Graça Vaz Daltro, 30 anos, se formou em medicina pela Universidade Severino Sombra (USS), mora em São Luís (MA), mas está decidida a mudar para Brasília e integrar a equipe de residentes do hospital. A rotina de estudos tem sido puxada, mas acredita que vale a pena. “Eu não tinha muito tempo para me dedicar aos estudos porque trabalhava como médica de clínica geral num hospital público de São Luís, mas abandonei o emprego para estudar”, Ela dedica oito horas diárias à preparação. Maria Graça tem dificuldades em cirurgia geral e conta que intensifica os estudos nessa área. A médica ressalta que sonha com a residência, visto que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e que ter uma especialização é diferencial de grande valor.

 

O que diz o edital

Processo seletivo para residência médica do Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca)
Inscrições: até 8 de outubro pelo site www.institutodeselecao.org.br
Taxa: R$ 250
Vagas: 30
Bolsa: R$ 3.330,43
Local de prova: Rio de Janeiro

Processo seletivo para residência médica no Hospital Oftalmológico de Brasília
Inscrições: até 31 de outubro pelo site www.unisisp.com.br
Taxa: R$ 460
Vagas: oito
Bolsa: R$ 3.330,43
Local de prova: Brasília

Processo seletivo para residência médica do Hospital Sírio-Libanês
Inscrições: até 20 de outubro pelo site goo.gl/b6wUUv
Taxa: R$ 450
Vagas: 63
Bolsa: R$ 3.330,43
Locais de prova: Brasília, Belém, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo

Programa de Residência Médica do Hospital das Forças Armadas 
Inscrições até 31 de outubro pelo site www.quadrix.org.br
Taxa: R$ 115
Vagas: 31 nas áreas de anestesiologia (2), cardiologia (2), cirurgia geral (2), cirurgia plástica (2), cirurgia médica (10), coloproctologia (1), medicina intensiva (1) vaga de formação reserva), obstetrícia e ginecologia (2), oftalmologia (2) ortopedia (2), otorrinolaringologia (2), psiquiatria (2) e urologia (1). 
Bolsa: R$ 2.384,82
Locais de provas: Brasília. 
O conteúdo cobrado é semelhante ao dos demais processos seletivos: 
medicina geral.

Programa de residência para farmacêuticos da Prati-Donazzi e a da Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
Inscrições: até 16 de outubro pelo site www.unioeste/residencias
Taxa: R$ 200
Vagas: cinco
Bolsa: R$ 3.330,43 (além de auxílio-moradia de R$ 285,51 para aprovados que não moram em Cascavél, local de atuação dos aprovados). 
Local de prova: Cascavél (PR).

 

Fonte: Correioweb

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